A dor era insuportável Sandra gritou de dor, mas seu grito foi abafado pela mão de Rafael, até que suas pernas começaram a enfraquecer e Sandra dobrou os joelhos, mas antes que ela caísse no chão Rafael rapidamente a segurou no colo. Ele escreveu um bilhete como se fosse Sandra que tivesse escrito dizendo a Kesia que ela acordou mais cedo e foi para casa. Ele imediatamente a levou correndo para a republica, a pôs no seu quarto e esperou ela se recuperar do que era conhecido por “coma vampírico”. Sandra sentia muita dor no corpo e na cabeça e calafrios. Quando Sandra acordou seu coração já não batia, porem ela ainda estava viva. O quarto era grande com uma janela também grande que tinha visão par um rio que corri na cidade. Sandra dormia em uma cama de king size com um colchão bem fofo. Ela Acordou e viu Rafael sentado numa cadeira do papai olhando para ela Atrás dele havia uma estante que ocupava toda uma parede abarrotada de livros do da primeira prateleira que ficava a 30 cm do chão até a ultima que ficava a 50 cm do teto. Ela Acordou fraca e com uma sede torturante. Quando Sandra olhou par outro canto do quarto viu um homem amordaçado amarrado sentado no chão e com um semblante de pavor. Ela sem hesitar Voou até ele, mordeu lhe o pescoço e sugou todo sangue do seu corpo enquanto ele gritava ainda amordaçado. Suas dores e fraqueza cessaram imediatamente assim que ela acabou. Sandra recuou rapidamente sem entender o porquê daquele ato.
– OQUE É ISSO? OQUE FOI QUE EU FIZ?
- Bem vinda a sua nova vida Sandra. Uma vida muito parecida com a vida humana, cheia de graças e desgraças.
–MEU DEUS! O QUE FOI QUE EU FIZ! EU MATEI UM HOMEM!
Assim gritou Sandra apavoradamente.
– Ele mereceu isso! Se você souber a quantidade de barbaridades que ele fez durante a vida, você sentiria nojo dele.
– É bom que você acostume se com o gosto do sangue de criminosos, é o nosso prato preferido.
–Da para você me explicar o que esta acontecendo?
-Você é uma de nos agora Sandra, bem vinda ao submundo, bem vinda a semi vida, você agora é uma vampira como eu, o Pedro, o Felipe e o Guilherme.
–Do que você esta falando Rafael?
- Ah dois dias você estava na casa da sua amiga kesia, lembra?
- Dois dias?!
- Foi seu coma vampiresco, eu cuidei de você para que você sobrevivesse a ele, muitas das pessoas morrem durante esse processo. As ultimas lembranças de Sandra começaram a passar na mente dela como um filme. Ela se lembrava de tudo. Do homem perseguindo a mulher, do Guilherme, da briga dele com o Rafael, da conversa dela como o Rafael e finalmente a mordida no pescoço.
– Você me transformou em uma vampira ?
-Era isso ou te matar! Mas essa segunda opção esta fora de cogitação. Se eu te matasse eu precisaria me matar também e meus amigos não iam me deixar fazer isso. E pra eu agora viver sem você e como viver como o deus grego Prometeu que foi condenado a viver acorrentado num rochedo e por toda eternidade ter seu fígado comido por uma águia, e todos os dias essa agonia se repete porque durante a madrugada de cada dia seu fígado se regenera esperando pela águia no dia seguinte.
Sandra ficou atônita, mas tentou mudar de assunto.
– O meu trabalho. Eu precisava ter entregado o meu trabalho e meus pais eles devem estar preocupados.
– O seu trabalho já foi entregue, o Pedro fez isso enquanto eu vigiava você. Seus Pais acham que você ainda esta na casa da Kesia, O Felipe ligou par sua casa e imitou sua voz.
– Imitou a minha voz? Perguntou ela.
– Cada vampiro tem algumas... Habilidades. Mas cada um de Nós tem alguma habilidade especial ou alguma mais desenvolvida que as outras. O Felipe consegue imitar a voz das pessoas , O Guilherme controla alguns animais , o Pedro tem uma habilidade de detectar uma situação de perigo , como se fosse um sexto sentido.
– E você?
- Meus amigos dizem que eu sou o novo Sun Tzu, sou um grande estrategista. Sandra distraidamente examinando o quarto enquanto ouvia Rafael falar vê novamente o corpo do homem atirado ao chão com o pescoço retalhado pelos seus dentes. Ela começa a chorar reprimidamente quando lembra dessa necessidade da sua atual condição. Rafael lentamente a segura pelas mãos e a puxa para cima a pondo de pé e abraça com delicadeza, Sandra então começa a soluçar, mas forte a ponto de Rafael sentir o abdômen dela encostado no seu, se contrair varias vezes.
– Ele Mereceu isso!
-Ninguém merece isso!
-Nos achamos que sim, nós temos uma regra para nos alimentar.
- nós ?
-Nós quatro agora cinco com você. Nós não gostamos de matar pessoas assim como você, mas isso é necessário para nossa sobrevivência. Por isso nos alimentamos de sangue de criminosos, ou quando não é possível recorremos aos mendigos, assim como foi o caso daquele homem de porto firme. Eu estava com muita fome e tive de recorrer a ele. Este homem que você mordeu o pescoço matou e estuprou quatro crianças.
–A justiça brasileira trataria de puni-lo adequadamente. Isto que eu fiz não é certo.
– Eu sei que iria puni–lo, mas é preferível que gente como ele deixem de viver como outra pessoa que contribui para a sociedade de alguma forma.
– É melhor eu ir para casa.
Disse Sandra se soltando do abraço.
– Tem mais uma coisa que eu preciso te dizer.
- O que é?
- Quando chegar em casa arrume suas coisas porque vamos embora daqui ainda hoje.
– O QUE?
- Nos vamos embora do estado de Minas e vamos para o Espírito Santo. No caminho vou te explicando mais coisas sobre a sua nova condição.
– Como assim nos vamos!? Eu não vou a lugar algum.
– Sandra, não há como você viver na casa de seus pais, eles vão acabar achando que você esta louca.
-E Daí?
– E daí que vai ser muito doloroso para você.
– Você quis dizer para eles, não?
- Não! Será para você mesma. Os pais do Pedro o trancaram em um manicômio quando ele foi transformado!
- O amarraram com correntes tão grossas que cada elo pesava mais de um quilo. Alem das seções de eletro choque e de espancamento.
– Ainda bem que ele entendeu que eu não sabia que aquilo ia ser assim com ele.
–Isso não vai acontecer comigo .respondeu Sandra.
– Sandra , não discuta ! Isso vai ser melhor assim , O Guilherme já providenciou todas as nossas transferências de faculdade.
– Eu não vou e ponto final! Berrou Sandra antes de abrir a porta do quarto e sair correndo pelo longo corredor de varias portas.
Sandra corria numa velocidade sobrenatural, tão sobrenatural que Sandra surpreendeu-se. Quando Sandra avistou a porta uma porta grande que se dividia ao meio numa parede maior ainda , deduziu que fosse a porta de entrada da republica. E lá já estava Rafael com um semblante indiferente e com a mochila dela em uma das mãos a esperando.
– Tome Sandra , vá . Mas saiba que prefiro que arranquem meu coração do peito e o fatiem em pedaços , ao ver você sofrer , é que tudo que eu fiz e farei daqui por diante é para evitar que você sofra mais do que eu já sofri.
Sandra apanhou a mochila e abriu a porta mas antes dela sair , ele disse ...
– Espera Sandra, me desculpe pela grosseria , eu te levo em casa.
– Não precisa. Eu prefiro ir sozinha.
– Tudo bem, hoje a noite eu passo na sua casa para te buscar.
– Eu já disse que eu não vou alugar algum com vocês.
Respondeu Sandra com raiva falando pelo canto da boca.
– Nos não temos escolha, nos poupe trabalho e esteja preparada por favor. Sandra saiu sem dizer nada porem com um sentimento de raiva escrito no rosto, Em quanto ela caminhava em direção ao ponto de ônibus, ela se lembrou da sua nova condição como um ser até a alguns dias mitológico para ela. Sandra agora era uma vampira e não sabia como ia conviver com isso. Sandra caminhou até o ponto de ônibus sentou em um banco em baixo de uma cobertura do próprio ponto e começou a pensar um pouco sobre tudo o que tinha acontecido com ela , olhou para o relógio e viu que era tarde demais para ir para a faculdade, e cedo demais para ir pra casa sem que seus pais não desconfiassem de alguma coisa.Sandra queria um lugar aonde pudesse ficar sozinha , refletir um pouco, que se sentisse segura e que tivesse a certeza que ninguém iria incomodá-la. Sandra não encontrou esse lugar em suas lembranças então decidiu ficar sentada ali mesmo tentar organizar seus pensamentos.
– Eu sou uma vampira , e eu nunca acreditei nessas coisas. Nem nunca dei importância para lendas , ou o que eu achava que era lenda. Será que vou viver somente de sangue daqui pra frente?! Ai meu Deus! Como vou contar isso pra minha família sem que eles comecem a rir da minha cara? Sandra ficou ali sentada por alguma horas depois se levantou , andou um pouco pelas ruas destino algum , pensou em tomar um ônibus até o centro da cidade mas desistiu e voltou par o banco do ponto de ônibus. Depois de alguns minutos olhou par o relógio e decidiu ir para casa, quando chegou e abriu a porta , sua mãe saiu de dentro da cozinha enxugando as ao em uma toalha de prato e jogou em cima do sofá. Dona Silvia correu e abraçou a filha .
–Que saudade minha filha !
- Oi mãe , tudo bem ?
- Cruzes ! Que desanimo Sandra . O que houve minha filha ?
- Nada mãe .
- Dificilmente te vejo assim tão desanimada. O que houve ?
-Nada mãe ! respondeu Sandra já se sentindo desconfortável !
- Houve alguma coisa que você não quer me dizer.
– Não houve nada! Respondeu novamente Sandra profundamente irritada, mas ainda mantendo o autocontrole.
– Tem certeza?
- NÃO HOUVE NADA PORRA! QUE MERDA!
Respondeu Sandra pisando alto e partindo para o quarto.
– O Sandra que Jeito é esse de falar comigo ?!!
- Mãe você já estava enchendo meu saco, você perguntou quatro vezes a mesma coisa.
– E isso te da o direito de falar daquele jeito comigo ?
- Não, mas enche o saco! que droga!
- Quando seu pai chegar vamos ter uma conversa no três.
Dona Silvia saiu e bateu abruptamente a porta do quarto de Sandra. Sandra se jogou de costas na cama e respirou profundamente.
– Caramba! Pior que ela tem razão , eu nunca falei assim com ninguém , nem na minha pior TPM.
–Mas pedir desculpas a ela agora vai ser pior, vou ter que me virar com meu pai.
Sandra ficou na cama ouvindo musica no seu mp3,até a hora em que sua mãe bateu na porta do seu quarto.
– Sandra , Seu pai quer falar com você ! Disse Dona Silvia com um olhar sério, e pouco amoroso.
Sandra desceu as escadas e foi falar com o pai que estava sentado no sofá da sala. Ela se sentou no outro sofá de frente para o pai.
- Boa noite pai !
- Boa noite.
– Eu quero saber que historia foi essa de você ter gritado e faltado o respeito com sua mãe?
Perguntou seu Jorge com um tom de voz bem irritado.
- Ela me encheu o saco , perguntado mais de quatro vezes a mesma coisa , e eu me irritei me desculpa.
– Se fosse eu, eu já tinha apanhado. Comentou Jonatas seu irmão mas novo em tom de provocação, que tinha acabado de descer as escadas mas tinha ouvido a conversa. Era como se a raiva tivesse explodido dentro da barriga de Sandra.
– Mas isso te da o direito de gritar e faltar o respeito com ela?
- Eu Já pedi desculpas.
– E você acha que pedir desculpas resolve todos os problemas?
- Se fosse eu , eu já tinha apanhado. Diz Jonatas novamente provocando, mas dessa
vez comum sorriso nos lábios.
–CALA A BOCA! MOLEQUE INFERNAL!
-SANDRAA! SOBE JÁ PARA O SEU QUARTO. Vou conversar com você lá em cima. Sandra olhou para o irmão que se sacudia encostado na parede da sala tentando segurar o riso. Aquela cena despertou um ódio em Sandra como ela jamais sentiu antes . Nesse momento ela sentiu como se tivesse ganhado o tônus muscular de um halterofilista, seus olhos ficaram vermelhos e seus dentes cresceram como por encanto ganhado forma dos dentes de um cão. Ela então soltou um grito rouco , gutural e raivoso (como um daqueles do vocalista da banda slpiknot a qual seu amigo Lucas adorava ) dizendo .
– MOLEQUE INFERNAAAL!!
Ela parte com uma velocidade sobrenatural sobre o irmão, agarra seu rosto apenas com a mão direita o levanta e o soca contra a parede. A caixa Craniana do Pequeno Jonatas se quebrou em vários pedaços e seu cérebro foi amassado virando uma pasta por baixo da pele do seu corpo. Seu Jorge ficou atônito, não sabia o que fazer ou dizer. Dona Silvia chorando copiosamente gritou...
– MEU DEUS! SEU MONSTRO! OLHA OQUE VOCÊ FEZ COM MEU FILHO !!! Seu Jorge agora também chorando e agora ajoelhado perto do corpo do filho, completou .
– MONSTRO , VAI EMBORA, SAI DA MINHA CASA SEU MONSTRO .
Sandra agora já em seu estado normal, tomou consciência do que tinha feito , e as palavras de seus pais lhe doeram no coração como uma lança com a ponta flamejante que o tivesse perfurado. Sandra saiu correndo e chorando de casa. Ela corria e chorava enquanto a cena do homicídio do seu irmão e a reação dos seus pais passava como um filme em sua mente. Ela correu até tropeçar e cair no chão onde ficou debruçada até sentir uma mão encostar no alto das suas costas. Ela virou o rosto rapidamente e viu Rafael abaixado com dos joelhos encostado no chão. Ele a levantou pelas mãos , quando ela se pôs de pé ela viu Guilherme , Pedro e Felipe parados a alguns metros atrás dele , e mas atrás mas quatro carros e um deles era o de Rafael. Quando ela retomou o olhar para Rafael ele apenas disse olhando dentro dos olhos de Sandra em um tom de voz quase convidativo:
- Vamos.
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